Este blog foi criado e é mantido pela artista Fernanda Magalhães, inicialmente com o objetivo de divulgar o trabalho realizado durante sua atuação junto à Divisão de Artes Plásticas da Casa de Cultura da UEL de dez.2008 a jan.2011. Desta primeira etapa ficam os registros nas postagens realizadas sobre o período, momentos de memória deste importante trabalho realizado, mantendo a fonte para consultas e pesquisas. A partir de agora o blog se estende em novas conexões, buscando continuar na produção de encontros múltiplos, dando continuidade aos projetos de produção em arte. Divulgar, mostrar, expor, refletir, instigar e conectar múltiplos espaços das artes aglutinando eventos, projetos, oficinas, workshops e festivais realizados por todos os cantos e que se encontram aqui a partir de abril de 2011.

sábado, 12 de junho de 2010

Oficina de Artes
junho2010
fotografia por Fernanda Magalhães

quarta-feira, 2 de junho de 2010

FotoLink 2010
fotografia por Fernanda Magalhães

terça-feira, 11 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Possibilidades do Desenho
com Leila Pugnaloni

inscrições abertas

Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas
Av. JK. 1973

informações (43) 33226844
ccuelplasticas@gmail.com

quarta-feira, 28 de abril de 2010

fotografia Natália Lima Castro

Casa dE CULTURA UEL_ARTES PLÁSTICAS

Encontros Interativos Retornaremos com os Encontros Interativos após o Fotolink - Encontro Internacional da Imagem, pensando a fotografia contemporânea a partir do trabalho dos artistas participantes desse evento, e que têm seus trabalhos ainda expostos na Casa Branca. Para os encontros interativos dessa semana, partindo desses trabalhos desenvolveremos as seguintes ações:

BAFAFÁ

Dia 28 (quarta-feira) das 14h30 às 17h30 - Na tarde de quarta-feira faremos um passeio pelos universos fotográficos de Solange Pastorino, Saulo Ohara, Paula Trope e Sofia Borges para discutirmos a fotografia nos nossos dias. A partir dos relatos feitos pelos próprios artistas participantes do FotoLink discutiremos os diversos suportes e meios da fotografia na construção de suas poéticas. Questões que envolvem os mecanismos de captação da imagem, os suportes e as diferentes formas de exposição e os diálogos  entre as diversas linguagens, utilizando os trabalhos expostos como percurso e pretexto para as reflexões.

CAFÉ COM LÁPIS 

Dia 29 (quinta-feira) das 14h30 às 17h30 - Na tarde de quinta-feira os encontros acontecem com atividades práticas buscando fomentar as produções artísticas e estimular as discussões e reflexões a partir dos trabalhos realizados. Nessa tarde os participantes deverão trazer fotografias próprias, revistas ou outras imagens fotográficas, para serem manipuladas e exploradas através de recortes, colagens, desenhos e pinturas. Os participantes devem trazer os materiais a serem utilizados como: cópias em papel fotográfico, negativos, slides (velhos/danificados que possam ser utilizados e modificados) impressão de revistas, recortes de jornais, outras impressões diversas, tesoura, estilete, régua de aço, cola, tintas, canetas, palha de aço, água sanitária, ponta seca, outros papéis, pincéis, giz, lápis de cor, canetinhas, durex, fita crepe, esparadrapo micropore, paninhos, potes grandes para água, etc.

domingo, 25 de abril de 2010

Visitações
FotoLink - Encontro Internacional da Imagem
domingo, 25 de abril de 2010
fotografia por Fernanda Magalhães

domingo, 11 de abril de 2010

Exílios 
por Paula Trope
Dia 12, início das atividades do FotoLink
todos estão convidados
Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas
Av. JK, 1973
maiores informações: 33226844

quarta-feira, 7 de abril de 2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas 
convida

Encontro com Artista

Participantes da
Exposição
Edital 2010

Danillo Villa e Karina Rampazzo

segunda-feira, 29 de março, 19h

A exposição será encerrada nesta quarta-feira, 31 de março de 2010


CASA DE CULTURA UEL_ARTES PLÁSTICAS

Endereço: A.V JK 1973.
Mais informações, fone: 33226844 – e-mail: ccuelplasticas@gmail.com

segunda-feira, 22 de março de 2010


Casa dE CULTURA UEL_ARTES PLÁSTICAS

Encontros Interativos
Retornaremos com os Encontros Interativos com a presença, nesta primeira semana de atividades, do Coletivo Manada que desenvolve ações como performances, instalações, projeções e intervenções interativas.

BAFAFÁ
Dia 23 (terça-feira) das 14h30 às 17h30
Na tarde de terça-feira exploraremos as imagens do trabalho do Coletivo Poro de Belo Horizonte, vídeos referentes ao trabalho que eles vem desenvolvendo atualmente. Na seqüência faremos um bate-papo com Mavi Veloso e com os integrantes do Coletivo MANADA a partir de suas experiências com manifestações artísticas.
  
CAFÉ COM LÁPIS
Dia 25(quinta-feira) das 14h30 às 17h30
Nas tardes de quinta-feira os encontros acontecem com atividades práticas buscando fomentar as produções artísticas e estimular as discussões e reflexões partir dos trabalhos realizados. Nessa oficina pretende-se discutir, pensar e desenvolver as práticas artísticas além do desenho e da pintura, percebendo na produção em grupo, novos caminhos e possibilidades diante das expressões artísticas.
Realizaremos a ação coletiva “Cataporas na cidade” com o coletivo MANADA e os participantes da oficina. Essa ação já foi desenvolvida em vários espaços urbanos incluindo outras cidades. Uma manifestação artística agindo diretamente em ruínas, lugares e muros quebrados, abandonados, esquecidos, envelhecidos, estragados, ou seja, pelas feridas da cidade.

quinta-feira, 11 de março de 2010

 

começa hoje
11 a 13 de março

workshop
Encontros Sobre História da Arte
10h às 13h - 15h às 18h
 DEBANDADA 2010
19h

terça-feira, 9 de março de 2010

Brasília, março 2010
Museu Nacional

quinta-feira, 4 de março de 2010

 

HOJE
04 março, 19h
ABERTURA
Exposição Edital 2010
Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas
Av. JK, 1973

terça-feira, 2 de março de 2010


Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas apresenta 
Exposição Edital 2010



Os 12 artistas selecionados, alem de um projeto especial, através do Edital de Exposições 2010 irão compor três exposições no primeiro semestre deste ano. Serão três datas distintas - março, maio e junho - e as exposições acontecerão na Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas, Av. JK, 1973 (Casa Branca).
Esta primeira exposição é composta com os trabalhos de sete artistas, sendo dividida em quatro exposições individuais e uma coletiva, todas acontecendo simultaneamente. Os trabalhos serão apresentados nas salas de exposição que compõem a unidade das Artes Plásticas da Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina.
Serão mostrados trabalhos como pinturas, desenhos, fotografias e objetos, que oferecem um panorama da produção destes artistas. A seleção buscou por esta diversidade de linguagens com abordagens que trazem questões relativas à contemporaneidade, como os limites da pintura e do desenho, o corpo e os eventos cotidianos. 
Maria Christina Zorzeto, Marcelo Minka e Rogério Ghomes propõem uma exposição coletiva intitulada Hybris. Eles dizem: “Hybris é uma exposição híbrida, fusão de três cabeças que, com técnicas diferentes, possuem o mesmo desejo, ou seja, de compreensão do humano. Matéria, luz, densidade, fluidez se tornam metáforas para a efemeridade da vida. Indagações e reflexões sobre o corpo presente, corpo ausente, corpo mágico, corpo profano e sagrado, as obras abrem caminhos para o questionamento vida/morte, luz/sombra, ausência/presença. Perceber dicotomias como complementaridades e não como excludentes, afinal a vida existe é pela “dança dos opostos”. Explorando várias técnicas para representar o irrepresentável, experimentamos o sublime”. Os três artistas mostram telas, desenhos e objetos fotográficos. O trabalho de Rogério Ghomes que integra esta coletiva, “Profano Sudário” participou da VI Bienal de Havana em 1997 e pela primeira vez será exposto em Londrina. Os artistas moram na cidade e são professores universitários.
O artista Danillo Villa é professor da UEL e doutorando em artes na USP. Mostra pinturas acrílicas em grandes dimensões e seu trabalho leva o título “Paisagens-superfície”. Em texto sobre o trabalho, ele diz: “Um pouco do tempo corroído dos objetos de Amilcar de Castro, da nebulosidade das paisagens de Guignard. Em minhas pinturas recentes, desenvolvo superfícies nas quais, apesar do predomínio da horizontalidade que remete a idéia de paisagem, pretendo tencionar a narrativa acrescentando vez ou outra um objeto, um boneco, um outro artista, ou o que cruzar o meu caminho, minhas horas de web, me tocar e servir. Em dimensões que variam de 110x110 até 200x200cm e feitas em acrílica sobre tela, as pinturas têm o aspecto de escorrido, e é mesmo na sobreposição de uma cor escorrida sobre a outra que a estrutura da pintura deve surgir. Apesar da ordenação inicial em faixas, gosto de levar as cores até uma outra ordem, apagando com água o primeiro gesto pictórico, aceitando o acaso e as cores e diálogos intermediários que surgem. Me interessa ampliar esta tensão e para tanto acrescento objetos e imagens de outros universos conceituais, colocando assim a aparência e ordem destas pinturas em um outro nível. Intensifico minha relação com as possibilidades estruturais da pintura, fazendo surgir novos territórios. Dos procedimentos, passo aos conceitos e como bom admirador de Duchamp, às vezes eu desobedeço. Pintar é, então, o gesto último, a superfície mais externa de um processo de atualização ininterrupto. Cabe a quem vê, o próximo passo”.
A artista Karina Rampazzo irá mostrar um conjunto de fotografias realizadas nos últimos três anos. Seu trabalho leva o título de “DESABAFO” e ela diz: “Quero dividir aqui com todos um pequeno conjunto de imagens produzidas nos últimos 3 anos. Anos em que me escondi em uma espécie de solidão imagética. Recortando com minha máquina fotográfica sentidos do mundo real, sem dividir com muitos e por muito tempo assim permaneci. Nesta postura solitária construí um discurso bem particular com imagens companheiras. Muitas vezes passageiras, atordoadas por um tempo desconstruído. Tempo demorado que mancha, desfalece e reescreve a mesma história, a mesma história. São fotografias para serem vistas com olhos de passado, passado efêmero que sempre retorna. Tudo parece se mover e, se movendo dança e caminha para o mesmo lugar. Será que esqueci a musica tocando, será que esqueci a luz acesa? Quero multiplicar a intimidade desse espírito. Quero tentar transcender por estas imagens, guardadas em casa nas caixas, nas gavetas, a essência de minhas narrativas intimistas. Então trocar o particular pelo coletivo e deixar cada espectador transbordar por sua própria lente. E cada pessoa recortar, remontar e “redestruir” em outras histórias. Sempre. A lembrança sempre marca sua angustia latente.
Marika Sawaguti mora em Londrina e é arte educadora. Seu trabalho leva o nome “Passagens”. São fotografias cotidianas realizadas nos seus percursos de ônibus pela cidade, diariamente, e em seu texto ela diz: São fotografias realizadas desde junho de 2009 e que mostram pequenos eventos dos lados de dentro e fora de um ônibus intermunicipal. São instantes captados por uma câmera digital Sony cyber-shot  DSC-P 150  nos quais tenho o cuidado de não deixar que as pessoas me vejam fotografando, por isso não mostro o seus rostos, já que para meu trabalho é essencial a espontaneidade dos “modelos”, e a presença da câmera, por menor que fosse, as deixaria constrangidas. O trabalho começou com a minha vontade de fotografar aquela riqueza de detalhes que percebia no espaço e no tempo de locomoção para o trabalho. Dentro do ônibus ouço e percebo as melhores historias: engraçadas, tristes, alegres, etc. É uma experiência muito rica ouvir pessoas que verei uma única vez, contam histórias de suas vidas em voz alta e assim percebo que as pessoas do ônibus podem participar. As pessoas mudam, algumas permanecem. No tempo passado junto àquelas pessoas, que é usado por muitos para ler livros, dormir, conversar, comecei a observar a luz que entrava no ônibus, sempre de começo de dia ou de fim de tarde, que são os horários que utilizo esse meio de transporte; essa luz amarelada, morna, com pouca intensidade e que entra no ônibus e vai revelando as cores e as formas das pessoas e dos objetos. Se essas características da luz não aparecem nas fotos, o resultado é banal. Banal também é o trajeto que o ônibus faz, é sempre o mesmo, mas fotografando vejo que o meu olhar não se acostuma com o caminho, sempre busca e encontra algum detalhe que passou sem eu ter percebido, tanto fora quanto dentro do ônibus. Pelas janelas as imagens passam com rapidez e não tenho muito controle da próxima cena, do lado de dentro posso pensar em como regulo a luz e o enquadramento. Trabalhar com essas possibilidades é muito prazeroso”.
Já Tatiana Portela nos traz objetos relacionados com sua intimidade. Sua exposição leva o titulo “AUTO RETRATO: VESTÍGIOS E VAZIOS” e em seu texto ela diz: “Em “Auto Retrato: vestígios e vazios” a produção está centrada no corpo, no auto-retrato, no intimismo e em suas representações e relações híbridas. O fio condutor da pesquisa poética está no processo de feitura das obras, na pesquisa com a cor e com determinados materiais que acabam por funcionar como uma “assinatura” dos trabalhos. Utilizo-me da fotografia, da gravura, da pintura e das imagens digitais agregadas a outros materiais, como tecido e costura visando a produção de objetos bi e tridimensionais.Atualmente meu interesse está na investigação poética de como o retrato pode se valer de estudo da representação e identificação na elaboração de imagens criadas a partir do diálogo de processos de impressão, fotografia, pintura e outros materiais e modalidades, dialogando com questões como a memória, o tempo e o espaço”. Tatiana Portela mora em Campinas e é Artista visual e Arte educadora.
Com esta exposição a Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas abre suas atividades do ano de 2010 possibilitando que seus espaços também sejam ocupados através de editais de seleção, democratizando o acesso aos artistas locais e nacionais. Dando continuidade as atividades do novo espaço aberto no início de 2009 a exposição integrará uma série de atividades a serem realizadas neste espaço como os Encontros Interativos, Workshop do Itaú Cultural RUMOS Artes Visuais, FotoLink – Encontro Internacional da Imagem, entre outros.  
Ainda compondo com esta exposição, realizaremos o Projeto Monitoria que recebe e atende, em todas as exposições, grupos de visitas guiadas pré agendadas e que permitem um maior aprofundamento e maior fruição dos trabalhos apresentados.  
Também integrará esta exposição um Encontro com os Artistas que acontece no dia 17 de marco, quarta-feira, às 19h. A intenção do Encontro é promover um bate papo do público com os artistas que integram a exposição, estimulando a proximidade e o dialogo entre produtores e público, fomentando assim as artes.  
A Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas reafirma assim os seus objetivos promovendo eventos que vão além das exposições criando um espaço de reflexão e produção no campo das artes.  

Fernanda Magalhães - Chefe da Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas 
Janete El Haouli - Direção da Casa de Cultura UEL

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Exposição dos Artistas selecionados no Edital 2010
Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas
Abertura: 04 de março 19h, Av. JK, 1973

domingo, 21 de fevereiro de 2010


Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas e Itaú Cultural
convidam

ENCONTROS SOBRE HISTÓRIA DA ARTE
da Arte Contemporânea à Arte Moderna ..... A arte de hoje e de ontem.

Estão abertas as inscrições - gratuitas - para os Encontros Sobre História
da Arte. A atividade faz parte do programa Rumos Itaú Cultural Artes
Visuais e conta com a parceria da Divisão de Artes Plásticas / Casa de
Cultura da UEL. Dividido em três módulos, o evento analisa as tendências
artísticas mais recentes para refletir sobre a arte do século passado: um
olhar sobre o passado, baseado no presente

- Data: 11 a 13 de março [quarta, quinta e sexta-feira].
- Horário: 10h às 18h (com intervalo das 13h às 15h).
- Local: Av. JK, 1973 - Divisão de Artes Plásticas da UEL / Casa de Cultura.
- Vagas: 50 pessoas / Atividade com Certificado
- Inscrições gratuitas: deverão ser feitas pessoalmente no próprio local.
- Informações:  (43) 3324-5663.

Informações completas sobre o conteúdo dos ENCONTROS e perfil dos
ministrantes na página
http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2841&cd_materia=1245&mes=3&ano=2010

Contamos com a sua inscrição. Vagas limitadas!

Resumo dos Módulos e perfis dos ministrantes

dia 11 quinta março
Módulo I - Década de 1980 até a atualidade
com o professor, artista plástico e curador Jailton Moreira
temas:
Da volta à pintura às imagens sampleadas
Da apropriação à reciclagem e à citação
Das novas mídias ao apagamento de fronteiras
Do artista propositor ao artista consumidor da produção cultural.

dia 12 sexta março
Módulo II - Década de 1950 a 1970
com a professora e Mestre em História da Arte pela UFRJ Marisa Mokarzel
temas:
Da pintura com todo o corpo ao corpo como suporte
Do deslocamento dos ícones da cultura de massa à manufatura industrial
Da tautologia ao discurso político
Do material como questão artística ao conceito como proposição estética.

dia 13 sábado março
Módulo III - Década de 1920 a 1940
com a professora de Teoria Literária e de História da Arte da Universidade
de Mato Grosso do Sul,  Maria Adélia Menegazzo
temas:
O rompimento com a ideia da criação ex-nihilo
O rompimento com a ideia de valor intrínseco do objeto de arte
Do ready made ao acaso objetivo
Da construção da imagem abstrata à gestualidade.

Horários de todos os módulos: das 10h às 13h e das 15h às 18h / carga
horária: 18 horas

















Conheça os professores que ministram os ENCONTROS
SOBRE A HISTÓRIA DA ARTE

A atividade é parte integrante do programa Rumos Itaú Cultural Arte Visuais.
 
Jailton Moreira é artista plástico, professor e curador. Como artista participou de diversas exposições individuais e coletivas como a III e V Bienal do Mercosul e o Panorama da Arte Brasileira de 2001, 2003 e 2005 no MAM/SP. Criador do Torreão (1993), juntamente com Elida Tessler e curador do Rumos Visuais do Itaú Cultural na primeira e na segunda edição, 1999 e 2003. Como professor ministrou cursos de história da arte e orientou trabalhos em diversas cidades do Brasil. É também professor do projeto Dynamic Encounters, criado por Charles Watson.



Maria Adélia Menegazzo é professora de teoria literária e de história da arte da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; e doutora em teoria literária e literatura comparada pela Universidade Estadual Paulista. Realizou estágio de pós-doutoramento no Grupo de Estudos e Pesquisas em Arte & Fotografia, do Departamento de Artes Plásticas da ECA/USP, em 2009. Tem livros e artigos publicados em periódicos. Organiza cursos, seminários e exposições de arte em museus e centros culturais de Campo Grande. É crítica de arte e de literatura, pesquisadora e professora do Programa de Mestrado em Estudos de Linguagens da UFMS.
 

Marisa Mokarzel é doutora em sociologia pela Universidade Federal do Ceará e mestra em história da arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordenadora adjunta do mestrado em comunicação, linguagens e cultura, da Universidade da Amazônia, professora de história da arte dos cursos de artes visuais e tecnologia da imagem, e de moda, da Universidade da Amazônia. Foi diretora e curadora do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas da Secretaria Executiva de Cultura do Estado do Pará, curadora do Rumos Visuais do Itaú Cultural 2005/2006 e da Mostra Fiat Brasil 2006, e curadora adjunta da Bienal Naif de Piracicaba - SP 2006. Participou da comissão de seleção dos projetos Cultura e Pensamento (2006); Conexão Artes Visuais Funarte (2007); e Arte e Patrimônio (2007); e como palestrante convidada da mesa-redonda A Ambiguidade na Modernidade Tardia, na ARCO8, 27ª Feira Internacional de Arte Contemporânea, em Madri (2008). Tem realizado curadoria para exposições de jovens artistas do Pará. Entre as curadorias realizadas estão: Carne/Terra, individual de Berna Reale, Galeria Kunsthaus, Wiesbaden, Alemanha (2004); Contiguidades, Arte no Pará dos Anos 1970 a 2000, realizada no Museu Histórico do Estado do Pará (2008); e a individual de Jeims Duarte no Instituto Cultural Banco Real de Recife (2008). Curadora com Orlando Maneschy do Arte Pará 2009.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Selecionados no Edital de Exposição para o ano de 2010 da Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas


Resultado do edital de exposição para o ano de 2010 da Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas. Lista dos selecionados com as respectivas datas de exposição:


Data exposição: 04/03 a 01/04/2010
Artistas selecionados:

 - Danillo Villa
 - Karina Rampazzo
 - Marika Sawaguti
 - Tatiana Portela
 - Christina Zorzzeto
 - Rogério Ghomes
 - Marcelo Minka

Data exposição:13/05 a 10/06/2010
Artistas selecionados:

 - Elke Coelho
 - Fernanda Cola
 - Wesley Stutz
 - Eduardo José da Costa Faria
 - Marcus Vinícius Veloso

Data exposição: 17/06 a 15/07/2010
Projeto Especial:
- Jéssica Hiroko de Oliveira

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Será marcada uma reunião com os artistas selecionados para
adequação do espaço expositivo e outros esclarecimentos.

Os artistas não contemplados deverão retirar seus trabalhos
na DAP ( Av JK, 1973 ) até 22/12/2009 ou a partir de
08/02/10 a 03/03/2010.

Agradecemos a todos inscritos pela participação
e contamos com a importante presença de todos em nossos eventos durante o ano de 2010.
Nossas atividades serão divulgadas através da imprensa e nos blogs:

terça-feira, 1 de dezembro de 2009


"Escutas comentadas do cd "A Mulher das Palavras" 
com Karen Debértolis

03/11, 19h
Casa de Cultura _UEL/Artes Plásticas
 Av. JK, 1973
 
05/11, 10h30
Biblioteca Municipal de Londrina
Av. Rio de Janeiro, 413
 
11/11, 19h
Casa de Cultura_UEL/Artes Plásticas
Av. JK, 1973



O CD " A Mulher das Palavras" está `a venda na livraria Peripathus (Rua Piauí, 615)

terça-feira, 24 de novembro de 2009


Lançamento do Cd 
"A Mulher das palavras" de Karen Debértolis
27/11 `as 20h
com: Fillipe Barthem, Rafael Fuca, Mizão e Leonardo Cacione
Casa de Cultura UEL/ Artes Plásticas
AV. JK, 1973

A jornalista e escritora Karen Debértolis lança seu primeiro cd na Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas nessa sexta feira, dia 27 de novembro, às 20h. Nesse trabalho ela apresenta algumas letras inéditas e outras tiradas do seu livro Calidoscópio, publicado em 1995. Karen e Bruno Morais assinam o cd e contam com a participação dos músicos Mizão, Flávio Nunes, Leonardo Cacione, Filipe Barthem, Rafael Fuca, André Vercelino e Edna Aguiar.
O cd é resultado de um projeto aprovado pelo Promic em 2007. Segundo a escritora, essa produção estabelece uma relação intrínseca entre letra e música. . “Nesse projeto não houve a história de música de acompanhamento. O trabalho estabeleceu uma relação entre a vertente da ‘spoken words’ com o jazz, a MPB e o rock. Queria que os músicos tivessem uma compreensão do texto para criar as melodias, criar um diálogo, onde música e palavra se entretecessem”, defende Karen. A jornalista também se preocupou com sua preparação vocal, que contou com o apoio da cantora londrinense Meire Valdin.
O lançamento do CD “A Mulher das Palavras” será na forma de um pocket show, ou seja, um show de curta duração mas que promete envolver o público.



A Mulher das Palavras

A mente criativa da escritora e jornalista Karen Debértolis não para. Após o lançamento do seu último livro “A Estalagem das Almas”(2006), a escritora embrenhou-se em mais um projeto ousado. A gravação de um CD. “Meu sonho sempre foi ter uma banda”, brinca. “Logo após o lançamento da Estalagem, senti vontade de trabalhar com música”. 
De posse de textos, alguns inéditos, outros tirados do livro Calidoscópio (de 1995, com edição de autor esgotada), a escritora apresentou a proposta ao músico Bruno Morais. A partir daí o projeto ganhou corpo.
Em 2007, o projeto do disco foi aprovado pelo Promic. “Fui trabalhando a musicalidade das letras. Minha preocupação foi construir uma narrativa no disco”. À medida que o projeto avançava, Karen foi se preparando para a gravação. Uma delas foi buscar preparação vocal com a cantora londrinense Meire Valin.
Para a escritora, que trabalhou a literatura e a fotografia na “Estalagem das Almas”, existe uma sinergia também entre a música e a palavra. “Acredito que música e a palavra têm uma relação simbiótica. Nesse projeto não houve a história de música de acompanhamento. O trabalho estabeleceu uma relação entre a vertente da “spoken words” com o jazz, a MPB e o rock. Queria que os músicos tivessem uma compreensão do texto para criar as melodias, criar um diálogo, onde música e palavra se entretecessem”. 
Em setembro de 2007, Karen e Bruno Morais, que assina a produção do CD juntamente com Júlio Anizelli, fecharam dez músicas e entraram em estúdio para a gravação. Participaram do CD, os músicos Mizão, Flávio Nunes, Leonardo Cacione, Filipe Barthem, Rafael Fuca, André Vercelino e Edna Aguiar. A gravação foi feita no PlayRecPause Studio. “Fizemos a gravação nos moldes da década de 70. Gravamos primeiro a voz, e depois pusemos todos os músicos no estúdio para gravar juntos, ao vivo”, conta ela. 
“Foi uma Jam  Session como nos  tempos da “Slam Poetry”. O CD tem humor, mas também é profundo, sincero, corajoso. Às vezes, o disco também é bastante minimalista, outras é dançante, mas é uma dança lânguida, calma, contemplativa”, diz Bruno Morais.

Segundo Júlio Anizelli, um dos produtores do CD, a produção fez o caminho inverso de uma produção convencional, onde já existe uma trilha, uma melodia. “O Bruno fez o direcionamento para os músicos e o que aconteceu foi uma criação coletiva, mas com as texturas e cores propostas pelo diretor. O resultado foi um casamento muito interessante”, conta.
Como a Estalagem foi um trabalho mais denso, de mais fôlego, Karen Debértolis quis realizar em seguida, um projeto mais alegre, mais colorido.  “O CD é uma narrativa literária, afinal é uma publicação, que será distribuída por uma editora (Travessa dos Editores), com um tom mais contemporâneo”.  

Juntamente com a produção do disco, o projeto envolve ainda, palestras na UEL e na Biblioteca e a gravação de um videoclipe pela Kinoarte.
Fazem parte do projeto, as Escutas Comentadas. Os eventos acontecem na casa de Cultura – UEL/ Artes plásticas nos dias 03 às 19h, e no dia 11 de dezembro às 19h. No sábado, dia 12 a escuta será na Biblioteca Pública, às 10h30, na sala de Multimeios.

Para ouvir algumas faixas do CD, acesse:

sábado, 21 de novembro de 2009


     ENCONTROS INTERATIVOS

8ª SEMANA  - 24, 25 e 26 de novembro de 2009
Realização: Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas
Chefe da Divisão de Artes Plásticas: Fernanda Magalhães
Diretora da Casa de Cultura: Janete El Haouli

 A Casa de Cultura UEL_Artes Plásticas (Av. J.K., 1973) convida o público para participar de suas atividades semanais. São os Encontros Interativos que pretendem possibilitar momentos de discussão, produção e fruição das artes através de linguagens como pintura, desenho, fotografia, vídeo e as novas tecnologias. Nesta semana, 24, 25 e 26 nov 2009, abordaremos como temática a produção do artista Flávio de Carvalho. 

Café com lápis
Dia 24 (terça-feira) das 14h30 às 16h30
Nas tardes de terça feira os encontros acontecem com atividades práticas de atelier buscando fomentar as produções artísticas e estimular as discussões e reflexões partir dos trabalhos realizados. Nessa oficina pretende-se discutir, pensar e desenvolver a prática do desenho e da pintura, percebendo na produção em grupo, novos caminhos e possibilidades diante das expressões artísticas em suportes bidimensionais.
Partindo do traço e da cor, abordaremos os trabalhos de Flávio de Carvalho, para compor o “espaço” utilizando esses suportes.
Obs: É imprescindível que os interessados tragam seus materiais de preferência.

Pipocação
Dia 25 (quarta-feira) das 14h30 às 16h30
Nessa tarde exploraremos as imagens dos trabalhos de Flavio de Carvalho e vídeos referentes à época em que o artista desenvolveu sua produção.

Bafafá
Dia 26 (quinta-feira) das 14h30 às 16h30
Nas tardes de quinta-feira são momentos de leituras e debates que buscam estimular as reflexões e o aprofundamento a partir de textos sobre as manifestações artísticas. 
Nesta semana iremos debater a partir da leitura do texto – “TRECHO DO CATÁLOGO ‘FLÁVIO DE CARVALHO” de Denise Mattar. O texto pode ser encontrado no link  
http://www.niteroiartes.com.br/cursos/la_e_ca/catalogoflavio.html 
ou aqui neste blog 

Participação especial da Profa. Maria Carla de Araujo Moreira, professora de História da Arte no Departamento de Artes Visuais da UEL.


Sobre Flávio de Carvalho

Em 1956, como conclusão da série de artigos "A moda e o novo Homem", Flávio faz o famoso lançamento de seu "traje de verão" - o New Look. A passeata pelas ruas da cidade de São Paulo reuniu a multidão heterogênea num mesmo olhar espantado. Flávio utilizou todos os veículos de comunicação da época, incluindo a iniciante televisão, e multiplicou a penetração de sua performance.


texto para debate no Bafafá do dia 26/novembro


TRECHO DO CATÁLOGO "FLÁVIO DE CARVALHO"
Suntuoso, lúbrico, dramático
de Denise Mattar
Flávio de Rezende de Carvalho nasceu a 10 de agosto de 1899 em Amparo da Barra Mansa, Rio de Janeiro. Seus pais, Raul de Rezende Carvalho e Ophélia Crissiuma se orgulhavam de sua ascendência aristocrática, que incluía o barão de Cajuru e o conde de Arcos.
Aos doze anos foi estudar na França e a seguir na Inglaterra onde se formou engenheiro civil, retornando então ao Brasil. Tinha 1,90 de altura e porte atlético. Era ateu convicto e um ferrenho celibatário - cercado de belas mulheres. Seu temperamento rebelde e extravagante, aliado à educação de um gentleman, sua timidez escondidas atrás de atitudes histriônicas e provocativas, e sua produção artística sem concessões, fizeram com que ele selecionasse os mais curiosos epítetos e classificações: romântico, pintor maldito, surrealista tropical, antropófago ideal, performático precoce, javali do asfalto, comedor de emoções...
Flávio foi amigo de algumas das personalidades de seu tempo, especialmente as mais polêmicas como Oswad de Andrade, Di Cavalcanti, Assis Chateaubriand, Carlos Lacerda, Geraldo Ferraz, entre outros. Uma lista de suas mulheres seria interminável, mas podemos citar Cacilda Becker, Inge de Beaussacq, Maria Kareska e Eva Harms.
Colecionou inimizades, e, num Brasil ainda tão provinciano, foi muito discriminado por suas atitudes frontais contra o clero e a religião.
Sua formação internacional permitiu que tivesse contato com artistas e intelectuais como Ben Nicholson, Barbara Hepworth, Henry Moore, Arne Hsek, André Breton, Herbert Read, e que pudesse trazer alguns deles ao Brasil.
Visto como comunista, Flávio era apolítico. Sua viagem por diversos países da Europa, em 1934, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, fez com que ele se desencantasse da política e visse nos movimentos mundiais apenas razões psicológicas.
Sua casa na fazenda Capuava, assim como outros ateliês e residências anteriores, era um ponto de encontro da intelectualidade, onde ele recebia de maneira elegante, informal e às vezes escandalosa para os rígidos padrões da época. Sobre Flávio de Carvalho já foi dito que a pessoa ofuscou o artista, que seu trabalho é disperso e que suas diferenças facetas são incoerentes. Entretanto, a pessoa e a obra de Flávio de Carvalho são inseparáveis, e um fio condutor claro norteia toda a sua produção em textos, animação cultural, experiências, arquitetura, dramaturgia, desenho e pintura: "o desenvolvimento da percepção psicológica e da percepção mentalista do mundo".
Um arquiteto quase virtual
A aparição de Flávio de Carvalho no cenário de artes do Brasil se fez através de sua ruidosa participação no concurso do Palácio do Governo, em 1927.
O estranho projeto se destacou entre os concorrentes neoclássicos e uma bem urdida campanha jornalística, organizada em acordo com Geraldo Ferraz, tornou Flávio muito conhecido, aproximando-o dos modernistas, especialmente de Oswald de Andrade.
Como "delegado antropófago" ele apressou a conferência "A cidade do homem nu" no IV Congresso Panamericano de Arquitetos (1930), causando revolta na comportada audiência.
Participou de Vários concursos, sem ganhar qualquer um deles, e tornou-se um dos mais famosos arquitetos do Brasil. Entretanto, apesar de Ter criado muitos projetos, apenas dois foram concretizados; ambos em empreendimentos seus e às suas custas: o conjunto de casas de Al. Lorena e a fazenda Capuava. O conjunto de casas à Al. Lorena (1938) foi habitado por moradores como Pagu, Frank Smith, Geraldo Ferraz, Georg Przyrembel, Leônidas Autuori e o próprio Flávio.
Acompanhando as casas "frias no verão e quentes no inverno" havia um "modo de usar" no qual o arquiteto dava conselhos personalíssimos aos moradores: "aconselha-se o uso de móveis que ocupem pouco espaço pois são mais estéticos, confortáveis e higiênicos. Infelizmente os fabricantes de móveis (pseudo-modernos) ainda não compreenderam o problema do espaço da vida de hoje".
A casa da fazenda Capuava (1939), construída como uma mastaba, tinha um grande salão sem divisórias, cortinas coloridas ondulantes, banheiros e cozinha de alumínio, uma lareira com vapores coloridos, e uma piscina iluminada por luzes vermelhas: "o norteamento foi exclusivamente poético. A concepção de toda casa é um produto puro da imaginação, tentando criar uma maneira ideal de viver. A poesia é, aliás, indispensável à criação arquitetônica como fator de elevação do homem. As cortinas do salão foram estudadas em largura, comprimento e peso específico para que possam balançar ao vento para fora e para dentro, ao ritmo eventual da música. As aberturas foram idealizadas para fazer com que - usando a frase de Mário de Andrade - 'a paisagem, as nuvens, a luz, o ar entrem dentro da casa'. "
Para Flávio de Carvalho a arquitetura devia ter um valor "psíquico", ser voltada para criar novas formas de viver e pensar.
"Pesquisar a alma nua, conhecer a si próprio".
Ignorando durante anos nos estudos sobre a arquitetura no Brasil, Flávio de Carvalho teve seu trabalho analisado, de forma inteiramente diversa, por Rui Moreira Leite, Americo Ishida e Luiz Carlos Daher.
Um caso de polícia
"Palpar psiquicamente a emoção, provocar a revolta para ver alguma do inconsciente, este era o objetivo de Flávio de Carvalho ao realizar sua "Experiência nº 2", um conceito que pode ser estendido a toda sua ação performática.
Atravessando em sentido contrário a procissão, com seu boné de veludo verde na provinciana São Paulo de 1931, Flávio teve a oportunidade de ver muito de perto as conseqüências de uma multidão enfurecida, e no seu quase linchamento ele pôde "palpar psiquicamente" uma nova emoção - o medo.
O livro, que relata e analisa a experiência, as reações da procissão e da assistência, e suas próprias sensações, foi dedicado pelo autor a "S. Santidade o papa Pio XI e a S. Eminência D. Duarte Leopoldo".
O evento deu ao artista uma aura diabólica - que ele cultivava -, e iniciou sua presença nas crônicas policiais.
Os anos 30 foram de intensa atividade para Flávio de Carvalho em várias áreas. A fundação do CAM - Clube de Artistas Modernos (com Di Cavalcante, Gomide e Carlos Prado) revelou um animador cultural capaz de criar fatos novos e significativos. Um espaço onde se viu e discutiu artes plásticas, música, antropologia, sociologia, política, literatura e psicologia, com participantes como Käthe Kollwitz, Camargo Guarnieri, Gilberto Freyre, Caio Prado Jr., Jorge Amado, e os psiquiatras Dr. Durval Bellergarde Marcondes e Antônio Carlos Pacheco e Silva.
"Em 1933, São Paulo é chocada por uma exposição inusitada - desenhos de criança e loucos - organizada por Flávio de Carvalho no quadro das manifestações polêmicas do Clube dos Artista Modernos. (...) Sem querer chegar a afirmar que o Brasil é o pioneiro neste tipo de pesquisa, torna-se necessário lembrar, no entanto, a polêmica de Flávio de Carvalho, uma vez que pelo menos em duas frentes ele antecipa a posterior campanha de Dubuffet em prol da arte não-cultura: quando afirma 'a importância psicológica e filosófica da arte do louco e das crianças', quando se opõe às 'paredes opressoras e asfixiantes da Escola de Belas Artes que, corrigindo e polindo, procuram impor aos alunos a personalidades freqüentemente mofada e gasta dos professores'."
No mesmo ano Flávio de Carvalho cria o Teatro da Experiência encenando O bailado do deus morto, "uma obra filosófica,... que mostra as emoções dos homens para com o seu deus". Era um espetáculo experimental de teatro/dança, com texto, cenários, coreografias, figurino e iluminação de Flávio. Os atores usavam máscaras de alumínio e se moviam de forma expressionista.
Totalmente inovador, o bailado causou escândalo e o teatro foi fechado pela polícia. De nada adianta os manifestos repúdio à ação em São Paulo e no Rio, assinados pelos princípios intelectuais da época. O teatro interditado teve como triste resultado o encerramento do CAM.
Em 1934 Flávio de Carvalho inaugurava, com grande sucesso, sua primeira exposição individual, que logo a seguir seria fechada... pela polícia. Cinco obras são apreendidas sob alegação de indecência, imoralidade e atento ao pudor. Toda a intelectualidade protesta: "A política paulista está caindo no ridículo"; "um escândalo artístico-policial".
Desta vez, porém, Flávio consegue a reabertura da mostra e ganha na justiça o direito de um indenização.
Os anos 40 serão marcados pela realização da "Série trágica". A morte encara de frente. Uma catártica "emoção palpada" - e uma grande rejeição pública.
Em 1956, como conclusão da série de artigos "A moda e o novo Homem", Flávio faz o famoso lançamento de seu "traje de verão" - o New Look. A passeata pelas ruas da cidade de São Paulo reuniu a multidão heterogênea num mesmo olhar espantado. Flávio utilizou todos os veículos de comunicação da época, incluindo a iniciante televisão, e multiplicou a penetração de sua performance. Jamais um artista atrairia tanta atenção; mais uma vez ele conseguira manipular "a alma coletiva".
Um teórico mal comportado
Em seu livro Os ossos do mundo (1936) Flávio de Carvalho afirma que os arqueólogos e os psicólogos devem ser mal comportados; e é exatamente o que ele faz em seus textos, onde transmite ao leitor suas teses, "discutibilíssimas" segundo Sérgio Milliet.
Os temas abordados são apenas um ponto de partida, quase um pretexto para divagações, reflexões e análises tendo como base a interpretação extremamente pessoal que Flávio fez das teorias de Freud Darwin.
Os ossos do mundo, com prefácio de Gilberto Freyre, foi encomendado como livro de impressões de viagem. Seu conteúdo polêmico foi recusado pela editora e finalmente publicado pela editora Ariel. Foi um sucesso absoluto de vendas.
Sylvio Rabello escreveu uma crítica ao livro que pode ser estendida a toda sua produção teórica: "as coisas têm para o Sr. Flávio de Carvalho um sentido estranho, como se os seus olhos penetrassem mais fundo na intimidade delas. Explica os fatos apanhando, aqui e ali, fios sutis e desapercebidos pela maioria dos homens e, quase sempre, as suas explicações são de um imprevisto que faz pensar numa possível morbidez de escritor. É que estamos habituados a pensar como todo mundo. As nossas idéias não são nossas: são idéias servidas e resservidas por todos. E idéias diferentes arrepiam e chocam, como se fossemos perder subitamente o equilíbrio. O Sr. Flávio de Carvalho está sempre a dar empurrões na rotina e no lugar comum, a fazer-nos perder o equilíbrio..."
(Página 08 à 11)







informações sobre Flávio de Carvalho na página da Bienal do Mercosul


7ª Bienal do MERCOSUL
Grito e Escuta


Flávio de Carvalho

Humor
 A vontade de quebrar parâmetros e convenções instauradas encontra um importante aliado no humor, que podemos caracterizar, seguindo Mijaíl Bajtín, como a \"alegre relatividade de qualquer regime ou ordem social, de qualquer poder e de qualquer posição (hierárquica)\". O humor e suas formas - a paródia, a sátira, o grotesco, a ironia - postulam a ambivalência, a possibilidade de observar uma mesma realidade a partir de pontos de vista antagônicos para, assim, desestabilizar, por um momento, poderes, hierarquias, regras e tabus.

Sobre Flávio de Carvalho
\"Uma experiência sobre a psychologia das multidões da qual resultou sério distúrbio.Domingo, às 15 horas, quando desfilava pelas ruas do centro da cidade a procissão de ´Corpus Christi´, um rapaz muito bem posto que se achava na esquina da rua Direita e praça do Patriarcha, não se descobriu conservando ostensivamente seu chapéu na cabeca. Os crentes, que acompanhavam o cortejo, revoltaram-se con essa atitude e exigiram em altos brados que ele se descobrisse. Ele, no entanto, sorrindo para a turba, não tirou o chapéu, embora o clamor da multidão já se tivesse transformado em franca ameaça. Foi então que inúmeros populares tentaram linchá-lo. Investindo contra ele. O rapaz pôs-se em fuga, ocultando-se na Leiteria Campo Bello, situada a rua de São Bento, até onde foi perseguido pelos mais exaltados. (...) Nas suas declarações, disse que, há tempos, se vem dedicando a estudos sobre a psychologia das multidões e tem mesmo alguns trabalhos inéditos sobre a matéria. Para melhor orientação do seus estudos, resolvera fazer uma experiência sobre ´a capacidade agressiva de uma massa religiosa à resistencia da força das leis civis, ou determinar se a força da crença é maior do que a força da lei e do respeito à vida humana´. (...) Terminou suas declarações dizendo que não visava ofender a religião do povo, pois esperava de fato que se verificasse tal reação.\" - O Estado de São Paulo, 9/junho/1931

Flávio de Carvalho (Amparo da Barra Mansa RJ 1899 - Valinhos SP 1973). Desenvolveu atividades em várias áreas artísticas e intelectuais, freqüentemente de forma provocativa. Após alguns anos vivendo em Paris, estuda filosofia no Stonyhurst College e engenharia no Amstrong College da University of Durham. Em 1922 regressa ao Brasil. Começa a trabalhar como calculista de grandes estruturas arquitetônicas. Também trabalha desde 1926 como ilustrador no Diario da Noite de São Paulo, onde conhece Di Cavalcanti. Abre seu próprio estúdio de arquitetura. Apresenta seu polêmico prometo Eficácia para o concurso do Palácio do Governo de São Paulo (1927). Em 1928, participa do concurso internacional para a construção do Farol de Colombo, República de Santo Domingo, onde recebe uma menção de honra. No ano seguinte, conhece Le Corbusier. Estreita vínculos com o grupo antropofágico, e como seu "delegado" participa em 1930 do IV Congresso Panamericano de Arquitetos, Rio de Janeiro. Em 1931 realiza uma experiência "psicológica" no centro de São Paulo, participando de uma procissão de Corpus Cristi com um boné na cabeça, causando uma enorme rejeição entre os fiéis. Também participa da XXXVIII Exposição Geral de Belas Artes no Rio de Janeiro. Funda o Clube dos Artistas Modernos (1933), com Di Cavalcanti, Prado e Gomide. O grupo funciona também como um laboratório de experiências cênicas. Cria o Teatro de Experiência e monta a obra de Oswald de Andrade O homen e o cavalo. Após, realiza a peça O bailando do deus morto (1933), espetáculo de teatro-dança de sua autoria com estética inovadora, para o qual cria cenografia e figurino, o qual é fechado pela polícia por atentar contra os bons costumes. Realiza sua primeira exposição individual no edificio Alves Lima (1934), de Itapetininga, também fechada pela política por causar escândalo entre o público. Viaja por seis meses a Europa e conhece grandes personalidades artísticas da época, entre elas André Breton, Pablo Picasso, e Salvador Dalí, entre outros. Ao regressar, participa da fundação do novo grupo modernista, com Oswald de Andrade, Paulo Emilio Sallers Gomes, Décio de Almeida Prado, Afranio Zuccolotto e Vera Vicente de Azevedo (1935). Realiza a decoração do Carnaval oficial de São Paulo (1936). La Royal Academy of Arts de Londres inclue sua obra na exposição Exhibition of Modern Brazilian Paintings (1944). Expõe individualmente em 1948 no Museu de Arte de São Paulo. Participa da XXV Biennale di Venezia (1950) e realiza a cenografia para o Grupo Experimental de Ballet. Também participa da II e III edição da Bienal Internacional de São Paulo (1953 e 1955). Em 1956 inicia a publicação de uma série de artigos entitulados A moda e o Novo Homen, no periódico Diário de S. Paulo. Desenha cenografias, vestuário e maquiagem para o Ballet Yanka Rudska, Lia de Carvalho e Anita Landerset no Teatro de Cultura Artística em São Paulo. Jutamente com Assis Chateaubriand realiza a controversa caminhada pelo centro de São Paulo, exibindo seu traje tropical, por ele desenvolvido e que consiste de saia e blusa de mangas curtas e folgadas. Viaja aos EUA em 1957 e recebe a Medalha de ouro na I Bienal de Artes Plásticas do Teatro. Participa de uma expedição ao Amazonas organizada pelo Serviço de Proteção ao Índio com o projeto de realizar um filme (1958). Em poucos anos, recebe a medalha de ouro "Teatro Nacional de Comédia" concedida pelo Serviço Nacional de Teatro durante a IV Bienal de Teatro (1963) e a medalha de ouro do XIV Salão Paulista de Arte Moderna (1965). Projeta cenários para o ballet Tempo (Grupo Móbile) do Teatro Ruth Escobar, em São Paulo (1965). Sua obra foi incluída na exibição A Semana de 22: antecedentes e conseqüências, MASP, São Paulo (1972), entre muitas outras.

Flávio de Carvalho (Amparo da Barra Mansa RJ 1899 - Valinhos SP 1973). Desarrolló actividades en varias áreas artísticas e intelectuales, frecuentemente de forma provocativa. Después de algunos años viviendo en París, estudia filosofía en el Stonyhurst College e ingeniería en el Amstrong College de la University of Durham. En 1922 regresa a Brasil y comienza a trabajar como calculista de grandes estructuras arquitectónicas. En 1926 el Diario da Noite de San Pablo lo contrata como ilustrador; allí conoce a Di Cavalcanti.Posteriormente crea su propio estudio de arquitectura. Presenta su polémico proyecto Eficácia para el concurso del Palacio de Gobierno de San Pablo (1927). En 1928, participa del concurso internacional para la construcción del Faro de Colombo, República de Santo Domingo, donde recibe una mención de honra. Al año siguiente, conoce a Le Corbusier y estrecha vínculos con el grupo antropofágico. Como delegado del grupo participa en 1930 del IV Congreso Panamericano de Arquitectos, Rio de Janeiro. En 1931 realiza una experiencia "psicológica" en el centro de San Pablo, participando de una procesión de Corpus Cristi con una gorra en la cabeza, causando un enorme rechazo entre los fieles. También participa de la XXXVIII Exposición General de Bellas Artes en Rio de Janeiro. Funda el Club de los Artistas Modernos (1933), con Di Cavalcanti, Prado y Gomide, agrupación que funciona también como un laboratorio de experiencias escénicas. Crea el Teatro de Experiencia y dirige la puesta de la obra de Oswald de Andrade O homen e o cavalo. Luego, realiza la obra O bailando do deus morto (1933), espectáculo de teatro/danza de su autoría, para el cual crea escenografía y figurín. El espectáculo es clausurado por la policía por atentar contra las buenas costumbres. Realiza su primera exposición individual en el edificio Alves Lima (1934), de Itapetininga, también cerrada por la política por causar escándalo entre el público. Viaja por seis meses a Europa y conoce a André Breton, Pablo Picasso y Salvador Dalí, entre otros. Al regresar, participa de la fundación del nuevo grupo modernista, con Oswald de Andrade, Paulo Emilio Sallers Gomes, Décio de Almeida Prado, Afranio Zuccolotto y Vera Vicente de Azevedo (1935). Realiza la decoración del Carnaval oficial de San Pablo (1936). La Royal Academy of Arts de Londres incluye su obra en la exposición Exhibition of Modern Brazilian Paintings (1944). Expone individualmente en 1948 en el Museu de Arte de São Paulo. Participa de la XXV Biennale Internazionale di Venezia (1950) y realiza la escenografía para el Grupo Experimental de Ballet. También participa de la II y de la III edición de la Bienal Internacional de São Paulo (1953 y 1955). En 1956 inicia la publicación de una serie de artículos titulados A moda e o Novo Homen, en el periódico Diário de S. Paulo. Dibuja escenografías, vestuario y maquillaje para el Ballet Yanka Rudska, Lia de Carvalho y Anita Landerset en el Teatro de Cultura Artística en San Pablo. Junto con Assis Chateaubriand realiza la controvertida caminata por el centro de San Pablo, exhibiendo su traje tropical diseñado por él, consistente en falda y blusa con mangas cortas y holgadas. En 1957 viaja a los EE.UU y recibe la Medalla de oro en la I Bienal de Artes Plásticas del Teatro. Participa de una expedición al Amazonas organizada por el Servicio de Protección al Indígena con el proyecto de realizar una película (1958). En pocos años, recibe la medalla de oro "Teatro Nacional de Comedia" concedida por el Servicio Nacional de Teatro durante la IV Bienal de Teatro (1963) y la medalla de oro del XIV Salón Paulista de Arte Moderna (1965). Proyecta escenarios para el ballet Tempo (Grupo Móbile) del Teatro Ruth Escobar, en San Pablo (1965). Su obra fue incluida en la exhibición A Semana de 22: antecedentes e conseqüências, MASP, San Pablo (1972), entre muchas más.

Flávio de Carvalho was born in Amparo da Barra Mansa, Rio de Janeiro in 1899 and died in Valinhos São Paulo in 1973. During his life he developed activities within several artistic and intellectual fields, frequently working in ways which were innovative and provocative. After living in Paris for a few years, he studied philosophy at Stonyhurst College (UK) and engineering at Armstrong College at the University of Durham (UK) before returning to Brazil in 1922 where he began working as a surveying engineer on large architectural structures. He also worked as an illustrator for the São Paulo based Diario da Noite from 1926, where he met Emiliano Di Cavalcanti. He then opened his own architectural studio and in 1927 he presented his controversial project Eficácia for the São Paulo State Government House competition. In 1928 he participated in the international competition for the construction of the Farol de Colombo (Colombo Lighthouse), in the República de Santo Domingo, for which he received an honorable mention. The following year he met the Swiss-French architect Le Corbusier as well as establishing a closer relationship with Grupo Antropofágic, and, as its "delegate", participated in the IV Congresso Panamericano de Arquitetos, Rio de Janeiro (1930). In 1931 he carried out a "psychological" experiment in the center of São Paulo, participating in a Corpus Cristi procession with a particular hat on his head which caused widespread rejection amongst the faithful. He also participated in the XXXVIII Exposição Geral de Belas Artes in Rio de Janeiro. He founded the Clube dos Artistas Modernos (1933), along with Di Cavalcanti, Carlos Prado and Antonio Gomide. The group also worked as a laboratory of experimental set design. He created the Teatro de Experiência and the stage set for the play by Oswald de Andrade, O homen e o cavalo. Later, he wrote and produced the work O bailando do deus morto (1933), a theater-dance show with innovative aesthetics, for which he also designed the set and costumes, but which was subsequently closed by the police for offending public opinion. He held his first solo exhibition in the Alves Lima building (1934), in Itapetininga, also closed by the police for creating a public scandal. He then traveled to Europe for six months where he met important artistic figures of the time, among them André Breton, Pablo Picasso, and Salvador Dalí. On his return, he took part in the foundation of a new modernist group, with Oswald de Andrade, Paulo Emilio Sallers Gomes, Décio de Almeida Prado, Afranio Zuccolotto and Vera Vicente de Azevedo (1935). He produced the decoration for the official Carnaval of São Paulo (1936). The Royal Academy of Arts in London included his work in the show Exhibition of Modern Brazilian Paintings (1944). In 1948 he had a solo exhibition at the Museu de Arte de São Paulo. He took part in the XXV Biennale Internazionale di Venezia (1950) and produced the scenography for the Grupo Experimental de Ballet. He also participated in the 1st and 2nd editions of the Bienal Internacional de São Paulo (1953 and 1955). In 1956 he began publishing a series of articles entitled A moda e o Novo Homen, in the newspaper Diário de S. Paulo. He designed the set, costumes and makeup for the Ballet Yanka Rudska, Lia de Carvalho and Anita Landerset at the Teatro de Cultura Artística in São Paulo. Together with Assis Chateaubriand he made a walk through the center of São Paulo exhibiting his specially devised masculine tropical outfit, which consisted of a skirt and loose short-sleeved blouse, and which caused much controversy.  In 1975, he traveled to the USA and received the Gold Medal at the I Bienal de Artes Plásticas do Teatro. He participated in an expedition to the Amazon organized by the Serviço de Proteção ao Índio (Native Indian Protection Service) in order to make a film (1958). A few years later, he received the gold medal Teatro Nacional de Comédia granted by the Serviço Nacional de Teatro during the IV Bienal de Teatro (1963) and the gold medal from the XIV Salão Paulista de Arte Moderna (1965). He designed sets for the ballet Tempo (by Grupo Móbile) from the Teatro Ruth Escobar, in São Paulo (1965). His work was also included in the exhibition Semana de 22: antecedentes e conseqüências, MASP, São Paulo (1972), among many others.